segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Férias de Natal

E eis que passámos mais um Natal com a família da mãe.
9 dias de convívio com os avós maternos, com os primos, com os tios e foi simplesmente o delírio.
E o vocabulário ficou enriquecido, senão vejamos.

O primo passou o tempo a dizer "é meu, é meu", ela aprendeu a agarrar-se aos brinquedos e dizer "é mon".
Aperfeiçoou o avô dizendo muitas vezes avu para distinguir da avó.
Inventou o nome da prima para uai mas depois acabou por tratá-la por pima.
Descobriu como se diz tia.
A meio da cantoria pediu paumas (palmas).
Desenvolveu o som ch, e disse chuchá.

Em termos de afectos quer toda a gente junta, se falta o avô pergunta por ele, se falta a prima idem...
Entrámos no carro para vir embora e fartou-se de chamar por eles.

Pronto...temos de ir lá mais vezes, 4 meses é muito tempo.

Mas foi dos melhores natais que já tive. Fraco em presentes, mas dos melhores em afectos, em sorrisos, felicidade e alegria.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Foi Natal, foi Natal

Nesta longa caminhada muitas vezes vacilei, outras tantas deixei de acreditar. 
Não foi o nosso primeiro Natal com a Helena, mas foi muito mais significativo, pois o nosso amor cresce a cada dia que passa. 
Temos uma menina feliz, bem-disposta, que sozinha enche uma casa com as suas brincadeiras. 
A nossa menina gostou do puzzle, da roupa, da "nenuca" e do jogo que recebeu. 
Vibrou com cada embrulho que abriu. 
E a mãe vibrou com cada momento tornado realidade, com 80cm de gente a correr pela casa, a guinchar de alegria. 
Ontem a Helena vestiu um vestido com quase 40 anos. 
Prenda do meu avô favorito e do qual não tenho fotos do seu uso. Vi-o na minha irmã, na minha sobrinha e duvidei que fosse possível um dia ter uma filha a vesti-lo. 
A minha alegria, os olhos humedecidos da minha mãe ao vê-la... Fez-se Natal. 

Todos os dias dou graças pela maternidade, mas há dias que nos enchem mais o coração. Bom Natal a todos. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Não bebé

Aos 18 meses enquanto a mãe lhe dá o lanche começa a bater na mão da mãe, coloca dedo em riste e diz: Não bebé.

Qual desenho animado esfrego os olhos a ver se ouvi bem, insisto com a colher e oiço de novo: não bebé.

Acho que aos 18 meses a minha filha notificou-me que deixou de ser bebé. Deixei-a comer sozinha e sorriu com ar triunfal.

Miúda a ver se nos entendemos vais ser sempre a minha bebé, ok?

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Os outros e a nossa infertilidade

Casei em 2004, desconfiámos de infertilidade em 2005, tivemos certezas em 2006 e iniciámos o primeiro tratamento em 2007.
Neste período tive dois chefes, e quando as desculpas esfarrapadas “ainda é cedo”, “temos muito tempo”, “estamos a aproveitar a vida” ou “ainda me estou a adaptar a esta cidade” deixaram de fazer sentido fui aos poucos falando de infertilidade.


Vivemos com muita gente por perto, trabalhamos de forma interligada com imensa gente, e aos poucos colegas e chefes souberam da minha luta.

Em 2008 fiz 3 tratamentos, um em 2009 que me deu o derradeiro negativo e alta do Santo António. O meu chefe da altura ao ver-me chegar ao trabalho achou que era positivo, vinha todo contente ter comigo e levou com uma choradeira.
Homem da idade do meu pai, com filhas mais novas que eu ficou sem saber o que fazer.

Em 2010 reformou-se, em 2011 engravidei, 2012 fui mãe, e hoje voltei a vê-lo.
Perguntou-me pela minha menina.
Mostrei-lhe foto e duas pequenitas lágrimas surgiram: “ai Angélica, tão bonita, muitos parabéns”. Outros colegas estavam presentes e não disse mais nada, brincou com o feitio da filha ser como o da mãe, e quando nos despedimos fez-me uma festinha no braço.

Fez dia 29 de outubro cinco anos que lhe pedi um dia de férias. Fiz parte duma manifestação junto da assembleia da república para que promessas feitas aos casais inférteis fossem cumpridas, e sem o contar apareci nas notícias.
No dia seguinte fui ter com ele, a explicar a situação. Não tinha visto nada, mas várias pessoas comentaram o que viram e mostraram-se surpreendidas.
No final disse-me: se acredita que isso a pode ajudar lute.

Claro que sei que quem nos quer bem alegra-se connosco, mas fiquei sensibilizada.

Hoje foi quase como saborear um pouco da minha vitória.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

18 meses

Um ano e meio.
A bebé está mesmo a dar a vez à menina.
Menina traquina, curiosa, persistente (ou teimosa, dependendo do ponto de vista).
Insiste sempre até conseguir o que quer, mas quando se vê derrotada mais que uma vez tenta contornar a questão, fingindo que não era importante, ou fazendo uma birra.
Birrasuimuitas. Começo a pensar que vou passar a ir às compras sozinha, pois as birras são muitas, bastante sonoras e irritantes. E nem sempre a cara zangada da mãe a faz acalmar.
Andou uma fase a fazer maldades às coleguitas, mas parece que foi apenas uma fase. Foi descoberta e deixou-se disso, simque D. Helena fazia maldades e ia logo para o lado oposto por isso ninguém se apercebia que a anjinha tinha andado a fazer asneiras.
Voltou a acordar com vontade de cantar, canta, falaqualquer dia os vizinhos zangam-se,
E o vocabulário continua a crescer a olhos vistos.
Olá
Mamã
Papá
Papa
Caca (cara)
Átá (já está)
Boua (bola)
Têas (pernas)
Aua (água)
Nãtá (não está / não há)
Cocó (na versão de cocó e de cucu quando se esconde de nós)
Vó (aquele aparelho com que fala com os avós) No outro dia o pai estava a falar com ela ao telefone, e ela não percebeu logo que era o pai. Depois ficou muito triste com cara de quem estava a pensar o que é que o papá está a fazer dentro da vó. Passa por lojas de telecomunicações e grita VÓ!
Não (dito com todo o sentimento do mundo). É engraçado quando para lhe trocarmos as voltas perguntamos algo cuja resposta seja sim: queres brincar? Fica muito atrapalhada e como não sabe dizer sim vem atrás de nós
Abou (embora)
Papu (sapato, já não é papo)
Caucau (xauxau) Ontem pegou numa pasta da mãe, arrastou pela sala e disse mamã caucau e lá ia toda contente à sua vidinha.
Cau (cão)
Bebé
Mão
Teta (sesta e testa)
Tuxe tuxe (truz-truz)
Tenta (senta)
Téá (até já)
Pau (chapéu, gorro, capuz...há quem goste de malas ou sapatos, ela gosta de paus)

Acho que finalmente encontramos o ponto de equilíbrio entre a falta da sesta matinal e o excesso de sono ao fim do dia.
Chega a casa, brinca, lancha, brinca, janta, toma banho e dorme. Acaba por andar mais tranquila, menos birrenta e mais carinhosa (as amiguinhas que o digam).
E assim se passou mais um mês. Isto passa mesmo muito depressa.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Aspirador...

Filha se não gostas do barulho do aspirador é bom que reconsideres a mania recente de fazer todo o pedaço de papel em picadinho...digo eu que sou tua mãe.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Revistas

Delicioso, sentada debaixo da mesa da sala a folhear a revista do Lidl...lol

sábado, 5 de outubro de 2013

17 meses

Já se sabia que a partir do momento em que começasse a andar chegava ao fim o pouco descanso que se tinha.
E como é eléctrica, não pára, a menos que se depare com alguma coisa que lhe meta medo, caso contrário vai tudo à frente.
Apesar de tudo já cai menos vezes o que é muito bom.
Continua com grandes conversas que só ela entende, e fica muito tristinha quando percebe que não percebemos nadinha.
Se está bem disposta repete caso contrário fica sentida e amuaisto promete, parece só vou dizer isto uma vez.
O vocabulário está cada vez mais rico:
Olá
Mamã
Papá
Papa
Caca (cara)
Átá (já está)
Boua (bola)
Teias (pernas)
Aoa (água)
Nãtá (não está ou não há)
Cocó
NÃO (dito na perfeição, de preferência com ajuda da cabeça e do dedo espetado)
Abou (embora)
Papo (sapato)
Caucau (xauxau)
Cau (cão)
Bebé (normalmente sai bibi, mas quando se concentra - até fica vermelha para sair bem diz bebé)
Té e pé (Pé)
Mão
Tuxe tuxe (truz-truz)
Téta (sesta)

Na creche continua com imensas actividades e numa em que tinham de identificar partes do corpo ficaram surpreendidas, pois é a bebé que mais partes conhece.
É giro porque ela fica orgulhosa por conhecê-las e depois aponta para novas zonas, eu digo o que é e se insistir um pouco ela memoriza.
Agora em 3 dias aprendeu os joelhos, e se não lhe pergunto ela aponta para que eu lhe diga o que é: )))
Teve consulta no centro de saúde e o médico perguntou se sabia onde era cabeça, olhos, ouvidos
Minutos antes o médico tinha-lhe dado uma folha e uma caneta e desenhado uma cabeça. Então ela começou a apontar tudo no desenho (excepto ouvidos porque para ela são orelhas). Às tantas o boneco ganhou barriga, braços, pernas, mãos e pés
Comentário do médico: não só reconhece o corpo como faz a transferência para o abstracto. Os pais babavam porque nunca tinham visto aquilo

O regresso à creche trouxe uma menina nova.
A rabugenta porque não dorme a sestinha da manhã, e a menina que se recusava a comer em casa
Depois de uma semana, em que perdeu peso e bochechas, ao falar com uma auxiliar fiquei a saber que já come tudo sozinha. Eexactamente por isso, não quer que sejamos nós a dar a comida.
Mãe, deixe-a comer sozinha, use uma colher diferente para si se precisar.
Pois, há bebés com a ideia que são gente crescida, e de facto passou aos poucos a comer mais.

E, por falar em gente crescida...quando não lhe apetece usar os papos (sapatos) velhos, senta-se no chão, chama-me e pede que a ajude a trocar...
Sim, acho que vou ficar muito feliz por usar uniforme e não poder mandar:)))

E por último a juntar a tudo isto diz não a tudo.
Fica mesmo muito exaltada quando não quer

Haja muita saúde e energia para a conseguir torcer um pouco todos os dias. Senão aos dois vai acreditar que manda

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

16 meses

Já cá cantam os 16 meses.

Se nos 8 meses deu um grande pulo, então aos 15 deu vários e a vários níveis.

A 8 de agosto começou a andar, e nunca mais parou.
A parte complicada é quando não trava mesmo e vai contra as coisas, ou cai com a testa no chão.
Depois como qualquer bebé ainda não sabendo andar quer logo correr, o que pode ser uma combinação explosiva.

Faz grandes conversas das quais ninguém entende.
Em relação ao corpo já diz caca (cara como é bom de se perceber), o pé já vai sendo pé quando está mais atenta, e o dato (braço).
Vô e vó foram muito usados nas férias, embora nem sempre acerte no género, se bem que isso não foi impedimento para que os "vós" ficassem todos babados com este miminho.

Adorou a praia, afinal lá existem gaivotas, pombos (sim...pombos), bolas e muita gente a andar dum lado para o outro. Apenas lhe desagradaram duas coisas (uns meros detalhes), a areia e a água.
Se estes detalhes não existissem a praia seria um lugar fantástico e recomendável, assim só mesmo no último dia começou a demonstrar confiança na areia, mas quanto à água outros verões serão necessários. As ondas de 10cm fazem cá uma barulheira...nem pensar, mesmo ao colo da mãe berrava.

Iniciou-se também a época das vergonhas...

Finalmente consegue avisar que tem cocó, dizendo cócócócócó. Mas afinal o que é o cocó? Bem, pode ser cocó, pode ser chichi e pode ainda ser um pum...Começa a cacarejar cócócócó. Já vi galinhas poedeiras mais discretas...
Isto nem seria muito mau...se...no meio da rua não apontasse sempre que ouve um pum...Aponta a pessoa, e berra alto e bom som cócócócó.

Por outro lado todos os animais, do cão, aos coelhos passando pelos pardais ou gaivotas fazem ãoão.
Assim que vê algum ladra.
E nas férias viu um menino negro, e a primeira reação foi ão, até que olhou melhor e ficou alguns instantes a tirar-lhe as medidas e lá se calou.

Já temos brincadeiras novas:

Mãe diz: um, dois
Filha responde: têsssssssssssss


Filha diz humm?
Mãe diz: dois
Filha responde: têssssssssssss



Mãe diz: um (e cala-se de seguida)
Filha diz: têssssssssssssssss

Dia dois regressou à creche, a andar pelo seu pé, já de uniforme e decididamente o meu bebé perdeu-se no meio daquele jeito de menina que quer descobrir tudo aquilo a que tem direito.

sábado, 31 de agosto de 2013

Um, dois...têsssssssssssss

Mãe diz: um, dois
Filha responde: têsssssssssssss

Filha diz humm?
Mãe diz: dois
Filha responde: têssssssssssss

Mãe diz: um (e cala-se de seguida)
Filha diz: têssssssssssssssss

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Viva o asseio

Helena é muito asseada, se lhe cai gota de baba na perna, segue religiosamente esta ordem:
1-limpar a perna com a mão
2-limpar a mão no braço da mãe

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cócócócó

Helena dá puns e de seguida grita: cócócócó.
Se for outra pessoa ela aponta e grita: cócócócó.

Iniciada a época das vergonhas em público.

sábado, 10 de agosto de 2013

10 de Agosto


Hoje Helena andou no parque, andar no sentido literal do termo.

Estamos a crescer.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

8 de agosto

8 de agosto, Helena veio pelo seu pé ter com a mamã e disse mamã.

(ontem fez o pré-teste, vindo ter connosco mas orientada pela auxiliar).

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

15 meses

E cá estamos no 1 + 1/4...andamos à velocidade da luz.

D. Helena gatinha a alta velocidade, já se deixa estar de pé e até já deu os primeiros passos. A técnica, da própria sem intervenção dos pais, foi um comando em cada mão...e assim deu 5 passitos, depois tal como nos desenhos animados olhou para baixo, viu que ninguém a segurava e atirou-se de fralda no chão.
Decididamente a preguiça é um grande entrave.

Ri, canta, palra como ninguém.
Continua a achar graça a música clássica, assim que ouve larga tudo e segue o som. As músicas da carochinha são as únicas que têm o mesmo efeito.

Sabe onde fica o nariz, boca, olho, orelha, cabeça, braço (quando não diz que é nas pernas ou no olho), pernas e pé.
Já por várias vezes que me vê de meias na mão estica o pé e diz TÉEEEEEEEEE, e claro está que os tés estão pegados às têias (pernas para os preciosistas).
 
Brinca imenso com jogos de encaixe, com o seu bebé e com todos os ãos (cães, coelhos, porco e hipopótamo), para ela todos são ãossssss.

Já a iniciei nas lides domésticas...este fim-de-semana ao ver-me de espanador também quis, e claro que temos de cultivar a divisão de tarefas...certo?

E pronto só falta mesmo a consulta dos 15 meses, mas do que vejo está fina que nem um pêro.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Andando

A Helena andou... meia dúzia de passos, e o truque foi...um comando em cada mão. Nem se deu conta que andou.

domingo, 14 de julho de 2013

Há dois anos

Há dois anos tive o meu último tratamento cancelado.
Há dois anos disseram-me que o único embrião não podia ser transferido.
Há dois anos foi o fim dum ciclo.
Há dois anos revoltei-me e chorei.

E sem o saber, nesse cancelamento estava o início de vida.
Foi o meu último tratamento, mas foi a ponte para a gravidez espontânea e para a minha filha.

Há um ano chorei de alegria ao recordar a data, este ano já não choro, apenas me sinto muito grata.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

14 meses

E sem que tivéssemos dado conta eis que chegámos aos 14 meses.
Ninguém duvida que o tempo passa a correr e que todos os dias surgem novas conquistas, pequenas mas que se vão consolidando com o tempo.
A pequena vai ser uma gralha, acorda a falar, aponta para nariz, boca, cabeça para que digamos o que é e comecemos logo a brincar às SETE DA MATINA.
Com este calor dos últimos dias descobriu duas coisas: as pernas.
E adora apontar para a pernoca, isto de andar de calções, saias ou vestidos é muito giro.

Ainda não anda, mas já se deixa levar apenas com uma mão. Inicialmente queria que lhe segurássemos a mão direita, agora qualquer uma serve, e já houve momentos em que se distraiu e aguentou 2 ou 3 segundos sem que ninguém a segurasse, mas logo de seguida atira-se de rabo para o chão com medo de cair, numa palavra: mariquinhas.
Na creche já come muitas vezes sozinha, e jávai ao pote (para o pessoal do norte, bacio ou penico para os do sul). Pois é verdade, aproveitando que os mais crescidinhos vão para a sala dela a educadora resolveu meter mais 4 para os mais crescidos do berçário se iniciarem e como ela é tipo relógio tem feito chichi todos os dias lá.
Está a iniciar-se uma autonomia e é engraçado ver como ela gosta. Se bem que autonomia é bom e ela gosta MASoh mãe onde pensas que vais sem mim? Queres que eu chore? a mãezite continua.
Esta semana foi a avaliação da creche.
Está muito bem a nível sócio-emocional, no relacionamento com os pares e adultos. Meiga, bem-disposta que adora dar e receber miminhos. Nota-se que adora os bebés mais pequenos e é cuidadosa com eles.
A nível motor falta-lhe o andar, mas que não será impeditivo para passar para a sala de um ano em Setembro, a minha menina passou de ano eheh. Tem boa coordenação com a colher (aqui não concordo, ou então em casa acha que é para brincar e sujar a roupa toda).
A nível cognitivo é boa nos joguinhos de encaixe, tem sentido rítmico e faz muitas associações de causa-efeito (aqui eu que o diga, pois quando está a asneirar vem logo dar-me beijinhos a ver se escapa ao raspanete).

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pote vs bacio

Hoje ao chegar à creche ouvi: mamã adivinhe quem fez chichi no pote!

Resposta: não....
Auxiliar a rir-se: sim, sim. Bem...eu já sei a que horas ela tem vontade e como estavam os meninos da sala de um ano meti-a também. Ela fez, porque estava na hora de querer fazer, e fizemos uma festa. Claro que foi sorte de principiante e ela nem sabe o que fez.

Adorei a brincadeira, embora tenha perfeita consciência de que uma coisa é conseguir largar líquidos no local certo, à hora que nos apetece, outra bem diferente é controlar os esfíncteres. Mas aos 13,5 meses nada mal... 

(Pote no norte, bacio no sul)

Serviço público, empatia, sermos capazes de nos colocarmos no lugar do outro

Ontem,  estava de férias e acompanhei o meu marido numas análises ao Hospital Sto António.
Como para a semana tb tenho análises para fazer, mas não encontro o papel da consulta fui ao secretariado.
Expliquei que sabia a data das análises, mas não da consulta, e pedi uma 2ª via.

- mas veio hoje fazer as análises?
- não, vim acompanhar o meu marido, as minhas análises são só para a semana.
- espere um pouco...olhe há vaga para hoje, quer fazer hoje e fica despachada?

Colocarmo-nos no lugar do outro e tentarmos ajudar não está ao alcance de todos, e mesmo num hospital público, com os cortes que têm sofrido e com funcionários públicos sempre a serem prejudicados há quem se preocupe.

domingo, 16 de junho de 2013

Oh tempo passa mais devagar, ok?

Os dias estão a passar a uma velocidade alucinante e já há algum tempo que por aqui não passava.
Não que não tenha o que escrever mas o tempo escasseia.
Vou colocar alguns textos, alguns pensamentos de datas passadas, ainda que para efeitos de blog surjam na data correcta.

Há datas que não quero deixar em branco, ainda que possa demorar a publicar sobre as mesmas.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Um ano e 1/12

Eis que estamos no 1+1/12 a caminho do segundo ano, em duodécimos claro está.

Tudo é novidade, tudo é desafio e as regras são para se quebrar pois há muito por descobrir. Este é o lema de qualquer bebé desta idade.
Começaram as nódoas negras, as tentativas de birras, o puxar da corda constante.

Continua a comer bem, dormir bem, é sociável embora goste do seu espaço. Interage com todos embora já se resguarde de estranhos.
Ainda não anda pois recusa-se a largar as mãos, mas sabe sair do sofá de modo a ficar logo de pé.
Está a atravessar uma frase de novos sons, diferentes palreios e quando acorda começa logo a falar, os genes da mãe são tramados...

No último mês teve a sua festa de aniversário, mais o aniversário da mãe, mais uma caminhada, a profissão de Fé da prima e reúne consenso: é uma bebé calma, tranquila, bem-disposta e simpática.
E eu que sou babadérrima penso: afinal os outros quando a conhecem acabam por perceber a minha baba.

Está a atravessar uma fase de mãezite aguda, a mãe não pode sair do campo de visão que chora logo.

De saúde continua com altos e baixos, mas nada de grave.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cócegas

D. Helena puxa-me a mão na direcção do sovaquito para lhe fazer cócegas...a meio do caminho já se está a rebolar a rir...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um fim-de-semana cansativo

Este fds foi passado na terra da mãe, e com uma agenda carregadíssima.

Sábado a prima fez a profissão de Fé.
Depois de iniciada a cerimónia a mãe relaxou pois a pequena estava muito tranquila e atenta. Ao contrário do que receei não começou a distribuir olás nem a palrar alto.
Esteve sempre acordada, a “cantar” ao som das músicas e muito atenta.

O jantar foi uma pequena festa dos 40+1 (40 da mãe e 1 da filha).
Então com esta gente toda, vocês querem que eu durma? Claro que não!
Fez as honras da festa, distribuiu sorrisos, gargalhou, adorou estar com os outros meninos, mas dormir nem pensar.
Perto da meia-noite lá começou a ficar chatinha pois o sono estava a começar a levar a melhor.

Domingo foi a caminhada da infertilidade e mais uma vez distribuímos sorrisos, tomámos nota de tudo o que vimos.
Seguiu-se o almoço e aí o sono voltou a querer ganhar, mas valente não lhe deixou levar a melhor, era só o que faltava…
No caminho para casa dos avós adormeceu, tirou ainda uma bela soneca antes do regresso a casa.

E só na última área de serviço é que se deu por vencida, depois de mais de três horas de viagem onde se recusou a dormir.

Eu sei que sou chatinha e babo muito pela filha que tenho, mas quando temos um fim-de-semana como este, é bom ver que a opinião é unânime.
Por onde passa reúne consenso, é sociável, bem-disposta, resistente ao sono sem ficar chatinha e ilumina o sítio onde está.


E pais que são pais babam e muito…

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Conversa com a minha avó ao telefone


Ao telefone com a minha avó. A contar-me que um homem foi ontem ao centro de dia fazer umas reparações e tiveram esta conversa:

- então e a sra que idade tem?
- ora...que idade me dá?
- uns 89, acertei?
- não, que eu já tenho 93!

Viste? Fazia-me mais nova.

Eu controlei-me e não ri alto (foi só para dentro) é que 4 anos já não faz muita diferença na minha idade, quanto mais nada dela:)))
Depois lembrei-me que é a mesma avó que foi para o centro de dia aos 91 anos, pois não queria ir para o meio de velhos...e quando lá entrou já era ela a mais velha.
E na altura brinquei com ela: pois pois, a avó quis foi ir para o meio da malta nova:)))))

Os entas


E pronto acabou-se o 1º dia dos entas.
A todos os que de um modo ou outro fizeram parte obrigada por estarem "aí".
Afinal parece que isto não dói mesmo.
E daqui a 60 anos lá estaremos nos "entos":))))

sexta-feira, 10 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

5 de Maio, um ano depois

E eis que concluímos um ano.
Ano de intensa aprendizagem, sentimentos novos, dias desafiantes.

Expectativas superadas e nunca defraudadas.
Receios nunca pensados e dúvidas existenciais de toda a forma e feitio.

Sim, sou muito babada, do mais que possa haver, mas acho que tenho motivos para isso.
Tenho uma filha que é um doce, e ontem mais uma vez mostrou a garra que tem.
Fez a festa, atirou os foguetes e apanhou as canas e isto com febre.

Cada pedacinho dela pode ter uma pequena história.

A cabeça para onde aponta logo ouve a palavra "cabeça".
Os olhos que ainda não se definiram e um de cada tom.
O nariz, ou trimmmm, que toca na esperança de logo ir tocar nos narizes de toda a gente ao seu redor.
A boca doce que dá beijinhos, diz olá, papá e mamã, e que quando quer provocar imita um "porquinho" na perfeição..
As mãos bailarinas e exploradoras com que adormece e acorda, como se estivesse a tocar castanholas.
A barriga com que faz de tambor e lhe provoca grandes gargalhadas.
Pernocas lindas e cheínhas que se estão a preparar para a independência dos passos.
Os pés que me ficaram na memória da primeira ecografia onde não parava quieta.

E pronto, é assim que um ano depois tenho um coração muito mais musculado que tanto parece transbordar de amor como ficar pequenino quando a vejo mal.

domingo, 5 de maio de 2013

2º dia da mãe


Hoje é o meu segundo dia da mãe, bem mais vivido e consciente que o primeiro onde a Helena tinha poucas horas de vida.
A sua evolução, os desafios diários fazem tornar esta conquista muito mais saborosa.
A todas as mães que já o são, àquelas que ainda lutam e a todos os filhos que ainda podem ter as mães a seu lado um Feliz dia da Mãe.

E para a minha pequerrucha um feliz dia de Helena, embora um pouco constipadita e com uma noite de apenas cinco horas...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Não gosta de queixinhas

E eis que aos onze meses e cinco dias abriu berreiro para não ficar na creche. Estava feliz e contente até a educadora contar da birra de ontem. E depois tentem-me convencer que eles não entendem...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

11 meses


Este foi mais um mês alucinante.
Houve o dia do pai, o dia da árvore, o dia do teatro, a Páscoa no Alentejo.

Começo sempre por ler o texto do mês anterior, a pensar, este mês não há novidades...E descubro sempre que há.

As palavras são: olá, papá, mamã, átá, ágá, dei (não diz dá...).

Já não rasteja, já gatinha como gente grande, recebe a mãe com grande sorriso e gatinha a alta velocidade na direcção da porta.

O pai enquanto não lhe comprou uma aranha/andador/andarilho/voador (escolham o nome que mais gostarem consoante a zona do país eheh) não descansou.
E de facto agora é vê-la a delirar a correr a casa toda, mesmo toda, excepto o wc da suite pois não passa nos pés da cama.
Os perigos aumentaram exponencialmente e tudo é um desafio, uma descoberta. As revistas e plantas da mãe perderam a graça, agora giro é falar com o bebé que está dentro do forno (leia-se reflexo na porta que é tipo espelho...bem espelho que agora está sempre cheio de dedadas...).
Já sentiu o calorzito dum radiador, mas felizmente não estava suficientemente quente para queimar, mas esperamos que o suficiente para assustar.

Continua a meter-se com estranhos, não liga se se meterem com ela...

E hoje a mãe foi saber as "notas" da filha e leu: "Em conclusão: a Helena é uma criança ativa, comunicativa e muito alegre, que adere com prazer a quase tudo o que lhe é proposto, empenhando-se bastante. Tem uma personalidade forte, meiga, afetuosa, tornando-a muito expressiva e expansiva".

Esta jornada está a ser fantástica, mas começamos a sentir que a nossa bebé está a crescer muito depressa.
Hoje a educadora disse que ela mima os bebés mais pequenos. Faz-lhes festinhas e mete-lhes a chucha nas bocas.
A minha bebé acha-se crescida, está crescida, e isso começa a fazer-nos ter saudades da nossa bebé, aquela que 1/3 de cara era chucha...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

1 de Abril


Há quem não goste do Carnaval, mas adore o 1º de Abril.

Percebemos isso quando nos surgem datas:

1987: no intervalo grande ao pé do portão da escola...e lá ficou um rapazinho todo o intervalo à espera e a pensar: ela esqueceu-se...e "ela" por detrás do pavilhão a espreitar e a rir...muito...
1992: inventar uma invasão de pulgas que iria obrigar a universidade a fechar (o colega que menos acreditou, foi o mesmo que contou ao resto da turma, e uma das pessoas que ouviu a notícia da boca dele acabaria por me contar:))) )
1997: oh mãe a gata vadia teve os gatinhos no nosso tapete. E sai uma mãe disparada para enxotar a gata dali...(os gatos nasceriam 2 dias depois e uma viria a ser adoptada por nós)
1998: dizer a uma colega para ir à minha sala (estando eu noutra zona da cidade), quando lhe volto a ligar ela diz: mas não estás lá, ninguém te viu hoje!!! e eu: estou em xpto demoras muito a chegar?
1999: chegar ao fim do dia e com outros colegas pedirmos ao segurança para ligar ao chefe, a dizer que o carro dele está a tocar o alarme

Quem com ferro mata...com ferro morre.
2009 a sobrinha toda feliz a contar que afinal viria um mana a caminho e não um mano, como inicialmente previsto... estava tão feliz que só ria...ria por saber que a tia estava a cair que nem uma patinha quá quá...

Páscoa 2013

A Páscoa voltou a ser passada no Alentejo como manda a tradição.
Lá estiveram a minha avó, meus pais, irmã e cunhado, sobrinhos.
A Helena continua a delirar com os primos e eles com ela.
Muita brincadeira, muita diversão, pouco dormir e claro um fim-de-semana estoirante, mas muito feliz.

E isto ainda sem chocolate ou amêndoas…

domingo, 24 de março de 2013

O poder da imitação


Para chamar a atenção da Helena faço estalinhos com os dedos (só com a mão esquerda, pois a direita é muda).
Ela vê e começa a abrir e a fechar a mãozita, toda contente. Não sai barulho e fica muito séria.
De repente faz um grande sorriso e bate palmas.

(Mãe tb consigo fazer barulho com as mãos, apenas preciso de duas...)

terça-feira, 12 de março de 2013

Hoje foi o dia


E um dia um menino veio na minha direcção a correr e a dizer: mamã...
Enganou-se na mamã, mas pronto...

Hoje a minha pirralhita gatinhou como deve ser (decididamente o chão cá de casa é escorregadio, lol), disse mamamamama, e com um sorriso lindo levantou os bracitos para que eu lhe pegasse ao colo e a trouxesse para casa.
Hoje foi o dia!

Daqui a uns tempos será a versão andar, depois a versão mãe quero isto, e mais tarde: já chegaste?
Mas isso não é para já:)))

sexta-feira, 8 de março de 2013

5?


Quando chegou aos 6 meses romperam os dois primeiros dentinhos em 6 semanas.
Depois aos 7 voltou a queixar-se, mas só ao 9,5 rompeu o 3º.
E agora em menos de uma semana vem o 4º e o 5º....bebé sofre...

quarta-feira, 6 de março de 2013

10 meses


A última semana foi tão stressante, que ontem dei por mim a pensar: 5 de março, 5 de março...quem faz anos hoje?
Levei quase 5 minutos a pensar no assunto até que me lembrei que era dia de mensário da Helena.
E ela estava a dormir a bela da sesta, sem que a mãe tivesse tirado a foto da praxe.
Assim que acordou tratei logo disso, mas faltava o textinho.

Neste último mês foi mais a consolidação da matéria dada: continua a dizer olá, mamã e pápá, o átá quando se quer despachar ou não quer comer algo.
Começou a dizer ágá presumi que fosse água e sempre que lhe dou o biberão ela bebe...mas se não disser ágá e lhe der bebe na mesma....

Já rasteja muito bem, e tenta usar os joelhos para gatinhar, mas ainda não percebeu como se faz por isso o arrastar-se corre melhor. Quando a colocamos de pé delira, principalmente se estiver com as mãos em cima duma cadeira, sofá onde possa fazer barulho.


Continua muito beijoqueira, mas reage cada vez mais a estranhos e esta semana tem feito beicinho quando a deixo na creche. Mas, assim que a educadora a leva para a sala dos meninos crescidos esquece-se que a mãe existe e olha para mim como quem diz: "ainda estás aí?".

Continua a adorar música e o "Fui de visita à minha tia a Marrocos" combina muito bem com a árdua tarefa de cortar unhas. Excepto quando se põe aos pulinhos toda contente e ignora que o objecto metálico que a mãe tem na mão pode magoá-la...

Este é mais um mensário marcado por uma constipação. Anda assim desde o fim-de-semana, amanhã temos consulta de rotina e espero que esteja tudo bem.