Uma mãe piegas

Pois é fomos à maternidade e a pequena teve de fazer mais uma análise, e a mãe teve de se sentar num canto para não ficar a assistir. Coitada da miúda saiu-lhe uma piegas como mãe.

Já vai com 4240g e 54,5cm, pelo que está em tudo no percentil 25.

Riu-se para a médica e tentou falar com ela, simpática a minha filhota.

A partilha dos vizinhos

Nos dias que correm muitos são os que se queixam de falta de solidariedade. Que nem entre a vizinhança há partilha.

Pois eu desde que vim para o Porto tenho uma opinião diferente, principalmente pelo S. João.

Os meus vizinhos insistem em partilhar comigo sempre na noite de S. João, e desengane-se quem pense que são as sardinhas. Não o são dado o preço das mesmas e ao facto de ninguém cá em casa as apreciar.

Ora se não são as sardinhas o que será?

Pois bem, é o cheiro da sardinha assada.

Todos os anos sem excepção o cheiro entra pelos respiradores da lavandaria e entranha-se por toda a casa. Sim, por toda a casa, por mais cuidado que se tenha.

Eu, que até sou uma mocinha poupadinha tenho o esquema de bi-horário na EDP e aposto pois na utilização das máquinas no horário de vazio.

Mas eis que ontem me lembrei dum pequeno pormenor, como uma desgraça nunca vem só este ano a noite de S. João é ao sábado. Ou seja podemos ter jackpot  e não sermos brindados apenas com o cheirinho na noite, mas quem sabe no próprio dia ao almoço.

E por estas e por outras lá estava eu às 5 e meia da matina a estender a roupita da pequena, na esperança de hoje termos um verdadeiro dia de verão para que seque tudo até à hora de almoço de amanhã...

Primavera

Dizem que a Primavera é a época de tempo ameno, é a altura em que a natureza começa a renascer, é o símbolo da vida e da fertilidade.

Sempre gostei da Primavera, aliás foi sempre a minha estação preferida.

Não gosto de temperaturas muito quentes, por isso o tempo ameno da Primavera, a possibilidade de usar roupas mais frescas, braços e pernas ao léu sempre me agradaram desde miúda.

Maio então é o mês do meio da Primavera, onde já o tempo está mais quentinho. Das piores coisas que podiam acontecer era estar mau tempo no meu dia de anos.

E este ano? Bem, este ano Maio esteve muito farrusco, o meu dia de anos esteve em tons de cinzento e valeu o facto de não ter chovido.

Mas esta Primavera foi diferente.

Foi de facto o renascer, renascer da esperança, aumentar da felicidade e sem dúvida o símbolo da vida e da fertilidade.

Podia até ter chovido todos os dias, mas continuaria a ser vida nos nossos corações e pelo melhor dos motivos, temos um raio de sol na nossa vida e isso faz toda a diferença.

Amanhã começa o Verão, que seja um bom Verão para todos.

Ida ao trabalho

Hoje foi um dia de emoções, foi a primeira vez que a minha filha me brindou com sorrisos inequívocos.

Várias vezes por dia respondeu aos "quem é a filha linda da mamã"? "o que é que a menina tem na fralda"? e outras coisas que tais com largos sorrisos.

Fitando-me, esboçando o sorrindo e mantendo-o por largos segundos.

A mãe aproveitou a boa disposição para a levar a conhecer o sítio onde a mãe trabalha.

Fez sucesso a minha pequenota, portou-se bem embora tenha esboçado umas caritas mais feias quando vinham as dores, mas esteve muito bem disposta.

Recebemos muitos elogios, que é calma, que é linda, que é a cara da mãe.

Linda e a cara da mãe? Eh pá que seja mais linda que a mãe.

E a mãe baba.

E a mãe fica orgulhosa da filha ser a cara dela.

E a mãe pensa: estavas disposta a ser mãe duma criança que não fosse tua filha biológica, e derretes-te com estas palavras.

Nunca dei importância à carga genética e depois dou por mim num misto de sentimentos, a dar importância ao que julguei impossível.

Quatro décadas

Não, não vou falar de mim, até porque 4 décadas só para o ano...

Falo dos meus pais e do tempo que estão juntos.

A vida não é um mar de rosas, mas só o amor, compreensão e paciência conseguem tornar uma relação tão duradoura.

Parabéns para eles.

Uma década

Quando podemos dizer que se passou uma década sentimos que de facto o tempo está a passar.
A vantagem desta passagem de tempo é mesmo as recordações que ficam.


Foi um almoço de leitão, comida que não aprecio e que curiosamente foi o único "desejo" que tive durante a gravidez.
Duas amigas convenceram-me a ir.
Lá conheci outra pessoa que também não gosta de leitão, mas que também acabou por ir àquele almoço...


Dois meses depois começámos a namorar.
Dois anos depois estávamos casados.
Dez anos depois somos pais e o nosso amor não se esgota na nossa filha, mas aumenta um pelo outro.


Uma década. Que venham muitas mais.

Dia de médicos

Hoje foi um dia muito social.

Dez da matina consulta na pediatra, estamos com 3825 (405g em 12 dias), 53cm e 37cm de perímetro cefálico.

A médica continua encantada com a recuperação dela, com a forma como está a evoluir.

Entretanto vai tomar um medicamento para o refluxo, pois passa a vida a bolsar e engasgar-se.

Informei a médica que o teste do pezinho está normal.

Às doze e trinta consulta de mãe e filha.

O médico questionou a ideia do diu, dado que ainda estamos a pôr a hipótese dum 2º filho.

Falou nos inconvenientes e ficámos de pensar no assunto.

Gostou de ver a miúda, fez o teste da anca e acha que está tudo bem, mas pelo sim pelo não convém despistar um clique que se houve. 

Ficou satisfeito por saber que a alimentação é leite materno em exclusivo.

Voltamos lá daqui a um mês para a consulta dos dois meses e vacinas.

Parabéns à sobrinha-favorita-da-tia

Foi há onze anos que nasceu a sobrinha-favorita-da-tia, o dia em que 50cm de gente mudaria a minha vida pela primeira vez.

Recordo ter pensado: se sinto isto pela minha sobrinha o que sentirei quando for mãe.

Foram precisos 11 anos para saber a resposta a essa pergunta, e se naquele dia senti o peito rebentar de alegria, agora sinto muito mais.

Trata-se de alegria, de vitória, de responsabilidade e de um sentimento que a vida renasceu naquele dia.

Hoje a sobrinha-favorita-da-tia ainda gosta da tia de forma intensa, ainda procura os meus conselhos, mas aquela fase que no meu tempo não existia de "pré-adolescência" começa a fazer estragos.
Vamos com paciência reforçando o nosso amor e esperando que seja uma fase passageira.

Saudades da barriga

Quando toda a gente nos diz: tu goza bem a barriga porque vais ter saudades, começamos a acreditar, podemos é não acreditar que será tão cedo.

Hoje na missa enquanto cantava (ou tentava cantar, dependendo do ponto de ouvido...) o Aleluia, cheguei a umas notas mais altas e apercebi-me duma coisa: a minha bebé não me deu pontapés.
Acto reflexo olhei para a barriga e estava muito mais pequena.

Pois é, habituamo-nos a uma série de coisas, a um certo espaço e depois sentimos falta.

Não foi sentir falta de tê-la só para mim (isso ainda lá chegaremos), mas foi a falta de feed-back, sei lá...quanto mais não fosse qualquer coisa do estilo "mãe páraaa".

Comando por voz?

Deitada no chão diz oá para a televisão desligada...

Isto das pessoas não aparecerem quando ela quer tem que acabar....

Alta da consulta de obstetrícia

Ora bem então cá ficam as notícias da minha consulta de "revisão".

Os pontos estão quase bons...mais 2 ou 3 semanitas...

Tal como já sabia a pílula está fora de questão pelo que contracepção nesta fase será: pontos, preservativo e depois diu.

Questionei a médica sobre o tempo que deverei aguardar entre gravidezes, não que esteja a pensar engravidar para já, nem sei se tenho dinheiro para um 2º filho...aconselhou dois anos. Um ano e meio e depois tentar, depois quando lhe falei da infertilidade...saiu-se com algo do estilo "por ser para si" um ano. Não usou esta expressão mas esteve quase, ainda me ri.

Aconselhou consulta de planeamento familiar para fazer eco, papanicolau e depois colocação do aparelho.

Contracepção...quem diria que iria um dia voltar a falar nesta palavra... mas o facto é que era irresponsável da minha parte engravidar de seguida, e não ter suporte familiar para me ajudar com a bebé e correndo o risco de ter de voltar a fazer repouso.

Mas como me disse a médica: não pense assim, porque agora se tiver de fazer repouso não poderá dar colo à sua filha, mas se ela tiver 3 ou 4 anos não poderá correr atrás dela...

Bem...bem vistas as coisas...

Um mês

Há um mês começou a minha maior, mais intensa e mais bela aventura.

Um mês muito intenso, sem grande descanso, muitas inseguranças, mas com um amor cada vez maior.

E já se notam tantos pequenos progressos na pequena Helena.

A Helena saiu da maternidade com duas características em particular: curiosidade e força no pescoço. Assim, sempre que vai dum lado para o outro olha tudo, tira as medidas todas e levanta o pescocito para ter um melhor ângulo de visão.

A pediatra desde o início que lhe achou graça à forma como ela tenta "controlar" tudo.

Entretanto a evolução continua, à conta das cólicas começou a usar chucha assim que chegou a casa e é perita em levar a chucha com ela. Ou seja, cerra os maxilares e se quer virar a cabeça para outro lado leva a chucha com ela. Se ela cai...volta à posição inicial abocanha a chucha e começa tudo de novo...Chega a estar 2 minutos para conseguir virar a cabecita...persistente a moça. Mas teve de ser que os adultos são muito lentos e ela cansou-se de chamar por eles para lhe meterem a chucha na boca.

Ainda por causa das cólicas aprendeu como é bom estar ao colo...e já ganhou manha, sim porque "se eu chorar eles ficam aflitos e pegam-me". Mas ainda não percebeu que o choro de cólicas e de mimo são diferentes e que os pais já lhe dão cabo da estratégia. Vamos a ver quem ganha esta luta...

Ainda na maternidade tinha sorrisos involuntários, e depressa percebemos que faziam parte duma sequência: sorriso, cara séria, cara feia, dor...sorriso...

Assim, quando queremos fotografar um sorriso é esperar um pouco e que ela não nos troque as voltas...eheh.

Mas, no dia 31 ao despedir-se do pai fez: sorriso-sorriso-sorriso e no fim virou a carita para o lado cheia de charme e ...novo sorriso. Nesse dia a pediatra perguntou se ela já sorria voluntariamente e contei este pequeno episódio: "foi o primeiro sorriso da pequena Helena". Temos portanto uma vendida....a mãe a ter a parte mais complicada e ela ri-se para as palhaçadas do pai...bahhh.

Por fim começa a entreter-se sozinha, brinca com as mãos e anda a ver se descobre qual dos 10 dedos é o melhor para chuchar, e já os experimentou a todos. Parece-me que mais dia menos dia nos diz: isto de andar a abocanhar a chucha dá muito trabalho, prefiro os dedos...

Já fica na camita do quarto dela muito tempo a ouvir o mobile e ver os bonecos a andar à roda, mas também já se apercebeu que quando aquilo toca fica lá sozinha...No outro dia aquilo estava em modo "se fazes barulho eu toco" e ela resmungava aquilo tocava....e ela voltava a resmungar por estar sozinha.

O único senão desta menina são mesmo as cólicas, mas havemos de vencê-las, pois sem elas é um doce de bebé e surpreende-nos a cada dia que passa.

 

28 dias

Pois é fazemos hoje 28 dias, deixou oficialmente de ser considerada recém-nascida.

As bochechas continuam a aumentar.

As cólicas deixaram-nos em paz esta noite, mas o mesmo não se pode dizer da tarde.

Hoje foi dia de compras e que bem se dorme no carrinho num centro comercial barulhento e cheio de gente (ou não estivesse dia de chuva).

Daqui a 4 meses regresso ao trabalho e acho que isto está a passar muito depressa...E ainda há pessoas que acham 5 meses muito tempo...

Dia da criança

E neste primeiro dia da criança fomos ao Centro de Saúde.

Confirma-se que estamos a aumentar bem de peso, mais uma vez a mãe recebeu os parabéns e a filhota um louvor pelo bom comportamento.

As cólicas é que não foram nada simpáticas e tiraram a tarde para nos massacrar.