Já se sabia que a partir do momento em que começasse a andar chegava ao fim o pouco descanso que se tinha.
E como é eléctrica, não pára, a menos que se depare com alguma coisa que lhe meta medo, caso contrário vai tudo à frente.
Apesar de tudo já cai menos vezes o que é muito bom.
Continua com grandes conversas que só ela entende, e fica muito tristinha quando percebe que não percebemos nadinha.
Se está bem disposta “repete” caso contrário fica sentida e amua…isto promete, parece “só vou dizer isto uma vez”.
O vocabulário está cada vez mais rico:
Olá
Mamã
Papá
Papa
Caca (cara)
Átá (já está)
Boua (bola)
Teias (pernas)
Aoa (água)
Nãtá (não está ou não há)
Cocó
Vó
Vô
NÃO (dito na perfeição, de preferência com ajuda da cabeça e do dedo espetado)
Abou (embora)
Papo (sapato)
Caucau (xauxau)
Cau (cão)
Bebé (normalmente sai bibi, mas quando se concentra - até fica vermelha para sair bem diz bebé)
Té e pé (Pé)
Mão
Tuxe tuxe (truz-truz)
Téta (sesta)
Na creche continua com imensas actividades e numa em que tinham de identificar partes do corpo ficaram surpreendidas, pois é a bebé que mais partes conhece.
É giro porque ela fica orgulhosa por conhecê-las e depois aponta para novas zonas, eu digo o que é e se insistir um pouco ela memoriza.
Agora em 3 dias aprendeu os joelhos, e se não lhe pergunto ela aponta para que eu lhe diga o que é: )))
Teve consulta no centro de saúde e o médico perguntou se sabia onde era cabeça, olhos, ouvidos…
Minutos antes o médico tinha-lhe dado uma folha e uma caneta e desenhado uma cabeça. Então ela começou a apontar tudo no desenho (excepto ouvidos porque para ela são orelhas). Às tantas o boneco ganhou barriga, braços, pernas, mãos e pés…
Comentário do médico: não só reconhece o corpo como faz a transferência para o abstracto. Os pais babavam porque nunca tinham visto aquilo…
O regresso à creche trouxe uma menina nova.
A rabugenta porque não dorme a sestinha da manhã, e a menina que se recusava a comer em casa…
Depois de uma semana, em que perdeu peso e bochechas, ao falar com uma auxiliar fiquei a saber que já come “tudo” sozinha. E…exactamente por isso, não quer que sejamos nós a dar a comida.
“Mãe, deixe-a comer sozinha, use uma colher diferente para si se precisar”.
Pois, há bebés com a ideia que são gente crescida, e de facto passou aos poucos a comer mais.
E, por falar em gente crescida...quando não lhe apetece usar os papos (sapatos) velhos, senta-se no chão, chama-me e pede que a ajude a trocar...
Sim, acho que vou ficar muito feliz por usar uniforme e não poder mandar:)))
E por último a juntar a tudo isto diz não a tudo.
Fica mesmo muito exaltada quando não quer…
Haja muita saúde e energia para a conseguir torcer um pouco todos os dias. Senão aos dois vai acreditar que manda…
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