terça-feira, 31 de julho de 2012

Dentes?


Há coisa de 10 dias que a pequena anda a jogar ao jogo "quantas mãos cabem dentro da minha boca".
Já percebemos que se a deixarmos vai optar por chuchar no dedo, aliás de noite perde a chucha e acorda de dedo na boca.

Mas agora tem estado diferente, choraminga muito e mete ambas as mãos furiosamente na boca.
A minha avó chama-lhe a raiva dos dentes, mas acho muito cedo para serem já os dentes.
Até brinco a dizer que são os dentes, mas do siso...
O certo é que há uma semana que mete as mãos furiosamente na boca, geme de dor, desde os dois meses que baba muito, mas agora é o verdadeiro dilúvio.

Está a cinco dias de fazer os 3 meses e acho muito cedo, mas se não forem os dentes o que será?
Febres e diarreia não tem.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dicas para fotografias...esqueça tudo o que aprendeu...


Dica para recém-mamãs com a mania que são fotógrafas.

Quer fotografar o bebé com aquela roupinha linda que lhe deram?
1-vista o bebé
2-tire a foto

Esqueça enquadramentos, luz, sorrisos, gracinhas, máquina xpto (tire mesmo com o telele)...

Se após o passo 1 não tirar logo a foto arrisca-se a:

1a-birra
1b-bolsar
1c-cocó dos grandes
1d-roupa toda suja
1e-mudança de roupa

Desta vez mãe 1- bebé 0, é que nem lhe dei tempo, foi vestir e fotografar...Mas a roupinha nova...bem, essa foi para lavar...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

As primeiras férias


Estivemos uma semanita em terras do sul.
Mas que bem escolhido, tinha logo de calhar na semana da vaga de calor. Eis que depois de dois meses de primavera fresquinha apanhámos calor...muito calor.
A Helena passou a usar muitos dos vestidinhos que dificilmente poderia vestir no Porto.

Portou-se muito bem em todas as viagens, fez as delícias de toda a família e amigos.
Continua a palrar muito e esteve em grandes namoros com a prima.
Está a começar a treinar o riso, mas sai-lhe um bocadinho ao lado e por vezes é mais tosse que outra coisa.

Decididamente teima em usar os polegares em vez da chucha, mesmo que se insista muito acabamos por acordar de manhã.

A corrida das mulheres que não conseguem engravidar


Já tenho feito esta reflexão mais vezes e cada vez me convenço mais que as mentalidades só mudam nas novas gerações. Só mudam quando nos predispusermos a "perder" tempo a formar novas mentalidades, e isso só é possível com as crianças.

A minha sobrinha teve uma evolução gradual e acompanhou desde sempre esta doença, bem como o seu sonho de ter primas.

Aos 3 anos logo após o meu casamento pediu uma mana à tia. Lá lhe expliquei que as tias dão primas e não manas. "Isso tia, quero uma "pima"".
O tempo foi passando e nada de primas, aliás ficámos um ano a aproveitar o casamento. Mas na cabeça dela o tempo rolava e um dia perguntou: "tia mas tu não gostas de crianças???Não queres ter bebés?" Como é que era possível dar-me tão bem com ela e não gostar de crianças? Ela estava incrédula.
Mais tarde percebeu que a tia tinha ido ao médico para ter bebés: "Oh tia tu és tão boa para as crianças..."
Com 7 anos a mãe engravida e ela acha que devia ter sido a tia.
Com 8 vem passar uns dias à casa da tia, vai a um dos meus lanches e percebe que muitas daquelas senhoras querem ter filhos e não conseguem, mas outras...outras foram com os filhos: "Tia mas se elas conseguiram tu também vais conseguir".
Viu-me dar picas.
Aprendeu na escola o que era o aparelho reprodutor e eu falei-lhe de má qualidade de óvulos e de espermatozóides. Sentiu-se crescida por lhe ter explicado tudo. Já sem usarmos o termo das sementinhas.
Aos 10 anos foi comigo à caminhada da fertilidade. Já sabia quem eram aquelas pessoas e porque caminhávamos. Gostou.

Aos 11 anos, com a prima ao colo pergunta-me: tia tu este ano não vais à corrida das mulheres que não conseguem engravidar?
Lá lhe expliquei que a caminhada já tinha sido, e que por a Helena ser muito pequena não tinha dado para ir.

"Tia para o próximo ano tens de ir, para as mulheres que querem ter filhos verem que já conseguiste e ficarem contentes".

Fiquei sem palavras.
Retive duas coisas: está vaidosa com a prima e quer mostrá-la ao mundo mas percebe, ainda que à sua maneira, a importância que esta doença tem na minha vida e como a partilha das alegrias pode fazer tanto por quem ainda não chegou lá.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Os primos


A sobrinha-favorita-da-tia adorou estar a fazer de ama da primita.
Afinal há 3 anos que começou a tomar conta do mano, e ter uma bebé tão pequenita por perto encheu-lhe as medidas.
Via-se como estava feliz por poder estar um bocadinho a tomar conta dela, a dar-lhe o leitinho.
Notava-se mais ainda nas birras quando era outra pessoa a dar o leitinho eheh.

Já o primo é um pequeno terrorista mas com coração de manteiga, deu muitos beijinhos à "pima Lena" e teve uma saída do mais enternecedor que existe.
Foi ter com a minha mãe e pediu um babete, e depois outro.
A minha mãe acostumada às esquisitices do moço pensou: pronto, têm de ser dois para escolher qual gosta mais.
Mas eis que desata a correr, vem ter comigo e diz: tia é pá pima.
Ora bem, se vamos todos comer ela também tem de estar preparada.
Lá expliquei que a prima já tinha bebido o leitinho.

A primita ri-se com as gargalhadas dos primos, que assim seja sempre:)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A bisavó e a Lena


A história da minha avó paterna enquanto mãe é uma história triste.
Perdeu um filho com um ano vítima de meningite e outro com 33 vítima de cancro do pâncreas.
Resta-lhe o meu pai que vive a 200km de distância, na terra que ela escolheu para viver, mas que após a reforma abandonou para regressar a "casa".

Quando a minha sobrinha nasceu, ainda eu não sabia que teria problemas para ser mãe, avisou-me "os sobrinhos não são filhos".
Sendo ela a mais nova dos irmãos deve ter sentido na pele essa diferença, e por isso sempre me "picou" para casar cedo e ter filhos também cedo.

Depois veio a infertilidade e acabei por lhe contar o que se passava, recebi os seguintes conselhos:

- continuar a tentar;
- não querer filhos dos outros (leia-se adoptados, isto no rescaldo do caso Esmeralda), pois um dia aparecem os pais e ficamos sem eles.

Quando soube que estava grávida ficou felicíssima, percebia-se perfeitamente na sua voz, e eis que oiço o que não contava: não te fiques por aí que só um é pouco...

Até a entendo, se quem teve 3 filhos apenas tem um, mas lá lhe expliquei como tinha sido complicado, e estava a lutar por levar a gravidez até ao fim.
Acabou por me dar razão e terminou com um: espero que seja menina, que são mais amigas das mães.

E eis que veio a menina, e foi ver a bisavó de 92 anos babar ao ver a menina. "Tão perfeitinha, tão bonita, nem tem medo de mim (a minha avó  anda carregada de luto desde a morte do meu tio há 26 anos, e os outros bisnetos choravam ao vê-la e ela achava que era pelo luto).

Fartaram-se de falar as duas, a bisavó e a sua Madalena. Deixámos passar as primeiras vezes mas depois lá corrigimos o nome (estará a chegar a senilidade? Foi apenas distracção? Não sabemos...) Mas, a partir daí fartou-se de falar para a Lena e assim resolveu o problema...

Foi a única dos três avós que conheci que presenciou a vinda da minha filha, soube-me muito bem saborear o momento, acabou por ser um sonho também dela que se realizou.

domingo, 15 de julho de 2012

Lei de Murphy aplicada a roupa de crianças

As peças mais bonitas, que mais gostamos, que lhes ficam melhor serão as primeiras a deixarem de servir.

Roupa, dinheiro, crise e racionalidade


Depois de algumas horas a passar o ferro nesta manhã de domingo, eis que fui confrontada com mais meia dúzia de peças que não voltarão a ser usadas.
O crescimento duma criança mede-se sem dúvida pelo aumento de peso, comprimento e da pilha de roupa que deixou de servir.

Nunca tinha pensado muito no assunto, mas acabei por ter a sorte de ter muita roupa emprestada.
Apenas comprei umas peças para os primeiros dias, e alguns miminhos totalmente irresistíveis.

Quando a minha sobrinha nasceu tive a oportunidade de lhe comprar muitas coisas. Aliás nesse tempo eu era rica, conseguia deixar de lado mais de metade do meu ordenado, e com o que me sobrava dava-me a pequenos luxos. Sempre tive uma relação muito utilitária com o dinheiro, ele serve para eu fazer com ele o que quero, mas acautelando sempre o futuro e para ajudar os que me rodeiam.

Fui "rica" até há 8 anos atrás altura em que me tornei devedora ou se preferirem proprietária...

Quando a minha mãe via o que eu comprava para a minha sobrinha dizia: espero que quando chegar a tua vez tenhas o mesmo tipo de ajudas.
Ao que eu respondia: não hei-de precisar.
E de facto não preciso. Apesar da actual crise é-me possível comprar a roupa que ela precisa, mas o meu lado racional falou mais alto: e é necessário fazê-lo?

Vivemos numa sociedade altamente consumista, onde queremos ter tudo do "bom e do melhor" e de preferência em grandes quantidades, mas fará isto sentido? Principalmente no actual panorama?
Julgo que não e quando olho para a pilha de roupa que em dois meses deixou de servir mais me convenço disso.

E é assim que ao fim de algumas horas de ferro dou por mim a agradecer à família e amigos pelas ajudas que me têm dado neste percurso.
Se eu podia viver sem elas? Claro que podia, mas se puder aproveitar estas ajudas colocando de lado o dinheiro que não estou a gastar para o futuro da minha filha então tudo fará outro sentido.

Parabéns ao sobrinho-favorito-da-tia


Hoje o sobrinho-favorito-da-tia faz três aninhos.
O menino que é um verdadeiro furacão, que nunca pára quieto e que adora a prima bebé:)))
O tempo está mesmo a passar depressa:) Parabéns para ele.

sábado, 14 de julho de 2012

Não foi apenas mais um lanche


Quando nos deparamos com a infertilidade, ou outra doença, tentamos saber mais sobre ela. Tentamos conhecer pessoas que estejam a passar pelo mesmo que nós.
Este foi também o meu caso e desde muito cedo tive necessidade de conhecer, pessoalmente, quem como eu estava a passar pelo mesmo.
Perdi a conta aos lanches que organizei, no início até acontecia haver sempre novas grávidas. Os lanches pareciam amuletos que davam origem a novas gravidezes, novos bebés e a família foi crescendo.
Descobri esta nova família há quase 6 anos, e comecei a conhecê-la pessoalmente há mais de 5.
Quantas vezes pensei como seria bom no lanche seguinte anunciar a minha gravidez e dali a algum tempo apresentar o meu rebento.

Este foi um dia em que a realidade superou a ficção.
A sensação única de apresentar a minha filha às tias que lutaram lado a lado com a mãe, às tias que conseguiram concretizar o sonho e dar-me alento, e às tias que continuam a lutar com muita fé.

Ainda acordo muitas vezes de noite com ela a chorar e chega a parecer um sonho, mas está ali tão real.
E hoje foi mais um desses momentos, que de tantas vezes sonhado chega a parecer um sonho.
Mas é realidade, e a tarde não podia ter corrido melhor.
Depois dum dia muito chuvoso em que cheguei a casa tristinha a pensar que o lanche seria um fiasco, eis que o dia hoje acordou mais risonho e tivémos uma tarde cheia de sol, de calor e de vida.
O raio de sol chegou não apenas à minha vida, mas à de todos os que nos acompanham e brilhou muito. Esteve risonha toda a tarde a distribuir charme a todos.

Que bem  que me soube. Sim, sou uma mãe babada...nada a fazer:)

A todos os que estiveram connosco o muito obrigada pela presença, companhia e acima de tudo por durante estes anos nos terem feito acreditar.

14 de Julho de 2011


Há um ano...


Hoje soube bem recordar este post, não pela dor, pela tristeza mas pelo seu final:

Hoje só me lembro de duas frases "Se a vida te der limões faz limonada" e "No fim tudo acaba bem, se não está bem, é sinal de que ainda não chegou ao fim!"

O fim não tinha chegado mesmo, mas foi este tratamento que me trouxe onde estou hoje e por isso não podia deixar de recordar o que se passou no ano passado.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Consulta dos dois meses - pediatra


A minha menina continua no percentil 25 mas está decididamente em velocidade cruzeiro.
Encontrámos o nosso ritmo e haja leitinho para a manter assim durante muito tempo.
Já perdeu quase todos os reflexos do nascimento e começa a ganhar os próprios da sua idade.
Tenta palrar, ri-se muito, esconde a carita como se estivesse tímida, mas ao mesmo tempo fita as pessoas com ar desconfiado e sedutor:))) E se olham para ela ri.
Continuamos sem saber se sofrerá de hipotiroidismo, mas não tem os sintomas normais da doença, pelo que temos de aguardar e ter fé que está tudo bem.
Levei uma listinha de dúvidas porque a cabeça anda perdida em parte incerta, e a pediatra descansou-me muito.
Gosto desta pediatra, da confiança que transmite e da forma clara como responde.
Incomoda-me que nem sempre diga abertamente o que suspeita, mas se lhe perguntarmos não há dúvida que explica tudo. Já notei é que evita que soframos por antecipação, mas acho que isso é normal para qualquer pai, por isso agora tento perguntar tudo o que me passou pela cabeça entre consultas.

Voltamos lá aos 4 meses.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Consulta no centro de saúde - 2 meses


Hoje foi a consulta dos dois meses no centro de saúde.

4,580kg - 55,5cm - perímetro cefálico 38,5
Bons reflexos
Bom tónus muscular

e...vacinas...

Além das vacinas do plano tomou ainda a prevenar...3 picas...por 3 vezes abriu o berreiro...e na última, caiu-lhe a primeira lágrima.

Descobrimos que andamos a dormir pouco quando...


Descobrimos que andamos a dormir pouco:

 - quando acordamos às 7 sobressaltadas porque achamos que não demos o leitinho às 6, vamos à cozinha para trazer o leite e descobrimos o biberão sujo. Aconteceu duas vezes, por ter trocado a ordem das tarefas de "tirar leite com bomba e dar biberão" para "dar biberão e tirar leite com bomba", como me deitei e a última coisa que fiz foi tirar o leite..."aii que não lhe dei o leite...";

- quando nos desaparece um biberão para parte incerta, depois de procurarmos no quarto, na cozinha vamos descobri-lo na despensa em cima dos pacotes de leite...pois foi aí que parámos antes de entrarmos na cozinha com o intuito de também comermos (às vezes lá tem de ser);

- quando estamos a despejar o leite da bomba e por pouco não o fazemos para um biberão sujo...já que o que está lavadinho atirámos para dentro do lava-loiça;

- quando temos um biberão xpto que tem mais duas peças que os normais, e nos esquecemos de colocá-las e sem motivo aparente encharcamos a criança com leite..."ahhh pois falta aqui qualquer coisa";

Este é apenas um pequeno apanhado das asneiras que podemos fazer quando andamos ensonadas e tentamos alimentar a criança, as asneiras podem ser muito mais variadas noutras tarefas igualmente importantes tais como mudar fralda, vesti-la, prepará-la para sairmos...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

2 meses


Completam-se hoje dois meses.
A casa está mais cheia, tudo gira em função dela, sabendo-o ou não virou a rainha do lar.

Continua a crescer bem mantendo-se no percentil 25 quanto a peso e altura, bebendo apenas do meu leite. Se o dou pelo biberão desaparece num instante, já a maminha dá muito trabalho, por isso não faço nenhum cavalo de batalha, o importante é ela estar bem.

Não há dúvidas que já sorri intencionalmente, e chega mesmo a fazer grandes conversas com os seus ahhh, ohhh e por vezes parece que quer dar gargalhadas com os seus ihh ihh.
Distribui charme por toda a gente, já não apenas ao pai e mãe, mas mesmo a estranhos, basta estar bem disposta e falarem-lhe em bebês (sua língua favorita).
Segue muito bem os movimentos com os olhos, começa a gostar do som da roca, das palminhas e continua a dar ao pé quando ouve música (seja que tipo for desde clássica, rock ou o belo do faduncho).

De dia dorme cerca de uma hora após comer e depois ou acorda sobressaltada e quer mimo ou fica largos minutos a falar sozinha.
Entretém-se muito com as mãos, suas grandes amigas...gosta tanto delas que chega a conseguir meter as duas na boca...e não...não são dentes que ainda é muito cedo.
Vai fazendo também muitas bolinhas com a saliva.

Foi feito o despiste da anca e está tudo bem, mas quanto à tiróide os resultados continuam inconclusivos e terá de repetir as análises em Agosto....mãe sofre...Mas vamos acreditar que esteja tudo bem, pois se fosse algo mesmo grave os valores estariam claramente altos.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Como desarmar uma mãe em 3 tempos


1 - berrar a plenos pulmões de modo a que pensem que estou com cólicas;
2 - reduzir os decibéis para metade assim que oiço os passos da mãe (para que ela não fique muito stressada)
3 - esboçar um sorriso de orelha a orelha, inclinar a cabeça para o lado, abrir e fechar os olhos, esboçar novo sorriso e fazer ahhh (o ahhh pode ser substituído por "minha querida mãe que bom ver-te" logo que eu aprenda a falar...para já é só mesmo "ahhh"